18.4.11

Só joga se cortar a barba

   O Khayr Vahdat, time da primeira divisão do Tadjiquistão, impediu um de seus principais jogadores, Parviz Tursunov, de disputar a primeira partida da temporada por estar excessivamente barbudo.

   "Há problemas com o Ministério do Interior. Enquanto não for solucionado o problema criado por sua barba, sua presença repercute negativamente no futebol da equipe", afirmou nesta segunda-feira o treinador do Khayr, Tohir Muminov.

   A barba de Tursunov é tão longa e espessa que cobre parte do peito, o que chamou a atenção das forças de segurança do país centro-asiático, que o pressionaram a fazê-la.

   "Ele um dos jogadores mais completos da equipe, já que pode desempenhar qualquer função que lhe for pedido, seja na defesa ou no ataque", acrescentou Muminov.

   O atleta já deixou claro que, caso tenha que escolher entre o futebol e a barba, não pensará duas vezes em optar pela segunda. "O futebol é algo mundano, e nós devemos pensar na eternidade. Manter a barba é um dos mandatos do profeta Maomé", disse Tursunov a imprensa local.

   O Ministério do Interior informou que os jogadores têm o direito de manter a barba e que os funcionários da Polícia que pressionaram o atleta para que faça a sua "serão punidos".

   As autoridades tadjiques lançaram no final de 2010 uma campanha contra as barbas longas, alegando que os homens que as mantêm grande tentam, em muitos casos, encobrir o rosto para que não sejam identificados como integrantes de grupos islamitas. O Tadjiquistão, que compartilha laços culturais com o Irã, é um dos países da Ásia Central com maior presença de organizações fundamentalistas islâmicas.

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