26.6.10

Com 2 de Suárez, Uruguai vai as oitavas


   Não foram precisos mais do que dois lances de precisão de seu mortal ataque para que o Uruguai fizesse história neste sábado, em Nelson Mandela Bay, Port Elizabeth. Luis Suárez marcou uma vez logo no início da partida e outra a dez minutos do final para garantir a vitória da Celeste por 2 a 1 sobre a Coreia do Sul, que valeu aos bicampeões mundiais a primeira vaga do país nas quartas de final da Copa do Mundo da FIFA desde o México 1970.

    Apesar de ter criado poucas chances e de até ter sido dominado pelos sul-coreanos durante boa parte do jogo – desde que marcou o primeiro, aos sete minutos, até sofrer o empate, aos 23 da segunda parte -, o Uruguai deu mais uma mostra da diferença que é capaz de fazer a dupla Suárez e Diego Forlán, agora responsável por cinco dos seis gols da equipe no Mundial – ou 83,3%. Luis Suárez agora se junta ao eslovaco Robert Vittek, ao espanhol David Villa e ao argentino Gonzalo Higuain como um dos artilheiro da Copa até aqui, com três gols.

   Os uruguaios agora encaram por uma vaga na semifinal o vencedor do duelo deste sábado, às 20h30 (15h30 de Brasília; 19h30 de Lisboa), entre Estados Unidos e Gana, em Rustemburgo.

Suárez de cabo a rabo

    O jogo começou com um susto no então ainda invicto goleiro Diego Muslera, aos cinco minutos: Park Chu Young acertou uma cobrança de falta quase perfeita, que o camisa um  uruguaio só pôde observar. A bola acertou em cheio a trave esquerda.

    Pouco depois, aos oito, o Uruguai respondeu com ainda mais efetividade. E, como quase sempre, por meio de seus dois atacantes: Diego Forlán recebeu pela ponta esquerda, cortou para dentro e, da lateral da área, cruzou rasteiro. A bola passou por toda a extensão da área, inclusive pelo goleiro Jung Sung Ryong, e Luis Suárez apareceu sozinho do lado direito para tocar para o gol vazio.


    Era justo aquilo de que a Celste precisava para se sentir confortável no jogo. Enquanto os sul-coreanos tinham mais posse de bola e tentavam, com paciência, superar a forte retaguarda de Diego Lugano, Diego Godín, Diego Pérez e companhia, os uruguaios de quando em quando saíam para tentar explorar a velocidade de Forlán e Suarez.

    Estudada, a partida apresentou poucos lances de perigo até o final da primeira etapa. Foi só depois do intervalo, quando se posicionou ainda mais à frente, que a Coreia do Sul chegou a de fato ameaçar o gol de Muslera, principalmente com o perigosos Park Chu Young. Aos poucos, o que era apenas domínio territorial se tornou efetivamente superioridade. Os asiáticos passaram a criar ocasiões seguidas, e a bola já não saía mais da intermediária do Uruguai – que sequer tinha espaço para tentar armar contra-ataques.

    Finalmente, tanto domínio resultou no empate – embora não exatamente em uma das tantas jogadas bem trabalhadas, e sim num cruzamento na área. A cobrança de falta foi mal desviada pela zaga uruguaia e, alta, a bola caiu na cabeça de Lee Chung Yong. Diante de uma saída algo atrapalhada de Muslera, o meia sul-coreano cabeceou sem força e meio desajeitado, mas o suficiente para mandar a bola para o gol.

    Só depois de sofrer o gol de empate é que o Uruguai voltou a frequentar o campo da Coreia do Sul. E logo se viu que, quando se dispõe a ir ao ataque, o time sul-americano tem mais recursos para causar problemas. Aos 35 minutos, após cobrança de escanteio no lado direito do ataque, a bola sobrou para Suárez pela esquerda. O camisa nove deu um belo corte no zagueiro e, do bico da área, acertou um lindo chute com curva, de chapa, que ainda bateu na trave esquerda antes de entrar. Um golaço que mostrou a efetividade do Uruguai e, especificamente, de seus dois atacantes, e tratou de fazer história para os bicampeões em Port Elizabeth.

FICHA TÉCNICA:
URUGUAI 2 X 1 COREIA DO SUL


Local: Estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth (África do Sul)
Data: 26 de junho de 2010
Horário: 11h (de Brasília)
Árbitro: Wolfgang Stark (Alemanha)
Assistentes: Jan-Hendrik Salver e Mike Pickel (ambos da Alemanha)
Cartões amarelos: Jung-Woo, Cha Du-Ri e Yong-Hyung (Coreia do Sul)
Gols: Luis Suarez (Uruguai), aos 10 minutos do primeiro tempo e aos 35 do segundo; Lee Chung Yong (Coreia do Sul), aos 24 minutos do segundo tempo.

URUGUAI: Muslera; Pereira (Lodeiro), Lugano, Godín (Victorino) e Fucile; Pérez, Arévalo e Álvaro Pereira; Diego Forlán, Luis Suárez (Fernández) e Cavani.
Técnico: Óscar Tabárez.

COREIA DO SUL: Sung-Ryong; Cha Du-Ri, Yong-Hyung, Jung-Soo e Young-Pyo; Sung-Yueng (Ka-Hin), Jung-Woo, K Jae-Sung (Lee Dong Gook) , Chung-Yong e Park Ji-Sung; Chu-Young.
Técnico: Huh Jung Moo. 


Papo de Área
Em onda de Copa 

24.6.10

Holanda e Robben garante 100% de aproveitamento

   Já classificada às oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul, a Holanda entrou em campo nesta quinta-feira, no Estádio Green Point, na Cidade do Cabo, com o único objetivo de assegurar a primeira colocação do grupo E. E conseguiu. O time do técnico Bert van Marwijk bateu Camarões por 2 a 1 e chegou aos nove pontos na chave, com 100% de aproveitamento. Os africanos, que já estavam eliminados, saem do Mundial sem nenhum ponto.

   O destaque da partida ficou por conta do retorno do meia-atacante Arjen Robben, que começou no banco de reservas e entrou no lugar de Van der Vaart aos 27 minutos do segundo tempo. Robben se machucou sozinho em amistoso contra a Hungria antes da Copa (goleada holandesa por 6 a 1) e ficou cerca de 20 dias fora de combate. Ele deu início à jogada do segundo gol, de Huntelaar.




   Nas oitavas de final do Mundial, a seleção holandesa, que vem adotando um futebol "pragmático" na competição, ao contrário das exibições vistosas de outras Copas, terá pela frente a segunda colocada do grupo F, a Eslováquia, que garantiu a classificação nesta quinta-feira com a vitória por 3 a 2 sobre a atual campeã Itália. O Japão, segundo da chave E e que derrotou a Dinamarca no outro duelo desta quinta-feira, enfrenta o Paraguai na próxima fase.

   Mesmo com a classificação garantida, Van Marjwik poupou apenas Gregory Van der Wiel, que estava pendurado com um cartão amarelo. Khalid Boulahrouz entrou para compor a defesa. Wesley Sneijder se mantinha como meia mais avançado, enquanto Dirk Kuyt e Robin Van Persie lideravam o ataque.

   Do lado camaronês, Paul Le Guen manteve o 4-4-2 com Samuel Eto’o e Choupo Moting na frente, mas a criação foi novamente o grande problema da equipe. Com o jogo equilibrado no meio-de-campo, os primeiros minutos praticamente não viram chances para os dois lados. Somente aos 30 os Leões Indomáveis apareceram em cabeçada de Jean II Makoun, com resposta imediata de Kuyt em chute de longa distancia.

   Meais organizada em campo, a Holanda chegou ao gol aos 36 minutos. Kuyt puxou o ataque pela direita e tocou para Van Persie. O jogador do Arsenal tabelou com Rafael Van der Vaart e recebeu dentro da área, tocando por baixo de Hamidou Souleymanou. O gol deixou os holandeses ainda mais confortáveis, mas a falta de velocidade impediu a ampliação do placar.

   Na volta para o segundo tempo, Van Persie criou a primeira chance aos cinco minutos, em bom chute defendido por Souleymanou. Decidido a não encerrar a campanha com três derrotas, Camarões foi para cima e teve duas boas oportunidades. Aos 16, Makoun apareceu cara a cara com Maarten Stekelenburg, que fez grande defesa.

   Três minutos depois, a pequena pressão deu resultado. Em cobrança de falta na entrada da área, Geremi tentou o canto e Van de Vaart interceptou com a mão. O juiz assinalou pênalti, que Eto’o não desperdiçou, marcando o seu segundo gol na Copa.

   Aos 28 minutos, Van Marwijk promoveu a entrada de Robben. O jogador mostrou logo boa movimentação e fez a diferença aos 38 minutos, com a jogada do gol. Depois do contra-ataque, ele fintou o zagueiro e acertou a trave. Huntelaar só teve então o trabalho de empurrar para dentro com o gol escancarado.

   Até o final, Robben ainda criou outras boas chances e mostrou que deve brigar pela posição de titular nas oitavas. Para Camarões, a terceira derrota confirmou a triste despedida de uma equipe que chegou com grandes esperanças, mas mostrou extrema fragilidade dentro de campo.


FICHA TÉCNICA
CAMARÕES 1 X 2 HOLANDA


Local: Estádio Green Point, na Cidade do Cabo (África do Sul)
Data: 24/06/2010 (quinta-feira)
Horário: 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Pablo Pozo (CHI)
Auxiliares: Patricio Basualto (CHI) e Francisco Mondria (CHI)
Gols: Van Persie (Holanda), aos 36 minutos do primeiro tempo; Samuel Eto’o (Camarões), de pênalti, aos 20; e Huntelaar (Holanda), aos 38 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Nkoulou e Mbia (Camarões); Kuyt, Van der Vaart e Van Bronckhorst (Holanda).

CAMARÕES: Souleymanou, Mbia, Nkoulou (Rigobert Song), Bong (Aboubakar) e Assou-Ekotto; Geremi, Makoun, A. Song e Nguemo; Choupo-Moting (Idrissou) e Eto'o.
Técnico: Paul Le Guen.

HOLANDA: Stekelenburg, Boulahrouz, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Jong; Kuyt (Elia), Sneijder e Van der Vaart (Robben); Van Persie (Huntelaar).
Técnico: Bert van Marwijk.

Autor do primeiro go, Van Persie é o melhor

   Depois de perder a temporada 2009/10 em função de uma grave lesão no tornozelo que o deixou na enfermaria entre novembro e meados de abril, Robin van Persie foi escolhido pela Fifa o melhor jogador da partida.

O atacante do Arsenal — comparado a Lionel Messi e Cristiano Ronaldo pelo técnico Arsène Wenger — jogou menos de um mês antes da Copa, mas já mostra um resultado significativo, ajudando a Holanda com os resultados.

Papo de Área
Em onda de Copa 

Eslováquia acaba com a Itália


   A seleção italiana foi eliminada nesta quinta-feira da Copa do Mundo de forma drámatica. Após empate com Paraguai e Nova Zelândia na primeiras rodadas, a Itália foi derrotada pela Eslováquia por 3 a 2, sendo eliminada ainda na primeira fase do Mundial pela primeira vez desde 1974. As duas vagas nas oitavas de final do grupo F ficaram com o Paraguai e a própria Eslováquia, estreante em Copas.

   Mesmo com as entradas de Gattuso e Di Natale, a Itália só foi pressionar os eslovacos no segundo tempo, com Quagliarella em campo. A Eslováquia não foi brilhante, mas convertou as oportundiades que teve para assegurar a vitória.

O primeiro gol da vitória veio de uma falha na saída de bola italiana. De Rossi passou errado, e Vittek teve liberdade na entrada área para anotar para os eslovacos. No segundo tempo, Hamsik chutou rasteiro para a área e mais uma vez Vittek completou para o gol.


    Na sequência, Di Natale diminiu para os italianos. Kopunek, que havia acabado de entrar, fez o terceiro para os eslovacos, aos 44. Os italianos não desistiram, continuaram pressionando e Quagliarella, de cobertura, diminui nos acréscimos.

   Com a vitória eslovaca e o empate sem gols entre Paraguai e Nova Zelândia, os paraguaios se classificam como primeiros da chave, com cinco pontos. A Eslováquia, com quatro, ficou com a segunda posição. A Itália, com apenas dois pontos, ficou na lanterna do grupo, atrás até da Nova Zelândia, que acabou com três.


FICHA TÉCNICA:
ESLOVÁQUIA 3 X 2 ITÁLIA


Local: Estádio Ellis Park, em Johanesburgo (África do Sul)
Data: 24 de junho de 2010, quinta-feira
Horário: 11 horas (de Brasília)
Árbitro: Howard Webb (Inglaterra)
Assistentes: Darren Cann e Michael Mullarkey (ambos da Inglaterra)
Cartões amarelos: Strba, Vittek, Pekarik e Mucha(Eslováquia) e Cannavarro, Chiellini, Pepe e Quagliarella (Itália)
Gols: Vittek, aos 24 minutos do primeiro tempo, e aos 28 da segunda etapa, e Kopunek, aos 43, para a Eslováquia. Di Natale, aos 35 do segundo tempo,  e Quagliarella, aos 46, para a Itália.

ESLOVÁQUIA: Mucha; Pekarik, Skrtel, Durika e Zabavnik; Strba (Kopunek), Kucka, Hamsik e Stoch; Vittek e Jendrisek (Petras).
Técnico: Vladimir Weiss.

ITÁLIA: Marchetti; Zambrotta, Cannavaro, Chiellini e Criscito (Maggio); Gattuso (Quagliarella), De Rossi e Montolivo (Pirlo); Pepe, Di Natale e Iaquinta.
Técnico: Marcello Lippi.


Vittek é o melhor em campo  

   Autor de dois gols nesta quinta-feira, Vittek foi eleito pela Fifa o melhor jogador em campo. O atacante anotou um gol do primeiro tempo e outro no segundo, demonstrando oportunismo para assegurar o triunfo.

   Com 18 gols em 69 partidas pela Eslováquia, Robert Vittek está a apenas quatro do recorde estabelecido pelo atacante Szilard Nemeth, que já não defende mais a seleção. Assim, falta muito pouco para o segundo maior artilheiro da história do futebol eslovaco deixar definitivamente a sua marca.

   Vittek é ídolo no país. Aos 17 anos, começou a escrever a sua história assinando um pré-contrato com o gigante Real Madrid, para o qual infelizmente não pôde se transferir devido a uma ruptura nos ligamentos cruzados do joelho. Com superação, o imponente atleta de 1,87 metro retornou ao Slovan Bratislava, da sua cidade natal, para tentar renascer para o futebol.


Papo de Área
Em onda de Copa 

18.6.10

Até agora, o melhor jogo da Copa


   Em um jogo emocionante, a Eslovênia aproveitou um chute de longe do meio Birsa e um contra-ataque rápido, que culminou no gol de Ljubijankic, para fazer 2 a 0 ainda no primeiro tempo. Porém, no segundo, Donovan, aproveitando falha da defesa eslovênia, e Bradley empataram para os Estados Unidos. Aos 40 da segunda etapa, o ábritro ainda anulou um gol dos Estados Unidos em lance duvidoso dentro da área.

O JOGO

   O confronto entre eslovenos e norte-americanos começou nervoso, já com uma disputa de bola mais ríspida entre Dempseye Ljubijankic. Com um embate igual, sem maior ousadia de nenhuma
equipe, os eslovenos chutaram ao gol somente aos 13 minutos de jogo e abriram o placar.
 
   Birsa apareceu livre entre as linhas de defesa dos Estados Unidos, arriscou de longe e mandou no ângulo do goleiro Howard para fazer 1 a 0.

    Após o gol, os norte-americanos não demonstraram reação e viam passivos a troca de bola eslovena. Aos 21, mais uma vez Birsa, em cobrança de falta de longe, chutou direto de gol, mas Howard segurou firme.

   Os norte-americanos só melhoraram no fim da primeira etapa. Em cobrança de falta, Torres chutou direto para o gol na ponta direita e forçou Handanovic a espalmar para fora. Na sequência, Findley recebeu lancamento pela esquerda e Jokic afastou. Aos 40, foi a vez de Dempsey cruzar pela direita e Brecko, praticamente nos pés de Donovan, salvou a seleção da Eslovênia.

   Justamente quando os Estados Unidos eram melhores, Ljubijankic recebeu livre na ponta esquerda e fez o segundo, levando os eslovenos com vantagem por 2 a 0 no placar.

   Na volta do segundo tempo, Cesar falhou, Donovan avançou livre pela ponta direita e diminiu aos 3 minutos da segunda etapa.

   Depois do gol, os Estados Unidos foram para cima. Em cobrança de falta, Donovan cruzou na área, a bola passou à frente de quatro jogadores norte-americanos, assusatando a defesa eslovena.

   Com maior volume de jogo na segunda etapa, os norte-americanos sentiram o bom momento e deram mais emoção à partida. Aos 19, foi a vez de Feilhaber, que nasceu no Brasil, arriscar de fora da área.

   Aos 24, Donovan bateu falta na entrada da área. No rebote Altidore chutou forte, com perigo, obrigando Handovic a fazer grande defesa.

   A pressão norte-americana deu resultado aos 36 minutos. Após bola lançada, Altidore tocou de cabeça para área, e Bradley, sozinho, empatou.

   No fim da partida, os Estados Unidos ainda tiveram um gol anulado de Maurice Edu, em lance duvidoso. O esloveno Radosavljevic, aos 43, também arriscou de fora da área, forçando Howard a fazer grande defesa.

   Donovan comanda reação dos EUA e é eleito o melhor contra a Eslovênia

 

 Comandante da reação dos Estados Unidos diante da Eslovênia, o atacante Landon Donovan foi eleito pela FIFA o melhor desta sexta-feira no Estádio Ellis Park em Johanesburgo.

   "Estou muito orgulhoso do que os garotos fizerm. Não é todo time que sai perdendo por 2 a 0 e consegue dar uma resposta assim. No intervalo falei para todos eles que poderíamos empatar, que conseguiríamos um resultado melhor", afirmou Donovan na saída do campo.

   O astro norte-americano também falou sobre a arbitragem e disse que ainda não entendeu qual foi a marcação do juiz malinês Koman Koulibaly, que anulou o que seria o terceiro gol ianque, marcado por Maurice Edu. "Até agora não sei o que ele marcou", disse.

   Aos 28 anos, Landon Donovan participa de sua terceira Copa do Mundo. Ele anotou dois gols em sua primeira participação em Mundiais, em 2002, mas passou em branco em 2006. 


Papo de Área

Em onda de Copa

15.6.10

Brasil vence Coréia na estréia

   O gol de Maicon foi o primeiro de um lateral-direito brasileiro em Copas desde 1986, quando Josimar marcou nas oitavas de final contra a Polônia. Também foi a quinta vez que a seleção balançou a rede com a camisa verde-amarela.

   Elano que fez aniverário ontem e completou 29 anos, fez o seu oitavo só na ‘Era Dunga’ e somou a 11ª assistência com o passe para Maicon. Apenas Kaká, Robinho e Luis Fabiano marcaram mais que o polivalente meio campista com o atual treinador.

   Mesmo com a fraqueza do adversário, número 105 do ranking da Fifa, a seleção brasileira manteve a tradição de vencer por pouca diferença de gols em estreias de Mundial. Desde 1982 o Brasil não soma mais de dois gols de diferença no primeiro jogo.

   A seleção brasileira volta a campo no dia 20 de junho para enfrentar a Costa do Marfim, que na estreia empatou com Portugal por 0 a 0 – o duelo acontece no Soccer City, em Johanesburgo. No dia seguinte os norte-coreanos duelam com Portugal.

O jogo

   Antes da Copa começar para o Brasil, quem roubou a cena foi um jogador da Coreia do Norte. Enquanto os jogadores pentacampeões faziam ‘cara de mau’ durante a execução do hino nacional, Tae-Se, destaque do time, chorava copiosamente de emoção.

   Mas o início do confronto não poderia ser diferente. A seleção brasileira partiu para cima dos norte-coreanos e abafou o time rival. Aos sete minutos, Robinho fez jogada individual e chutou da entrada da área por cima do gol.


   Apesar do sufoco, Tae-Se, o ‘Rooney asiático’, preocupava a defesa brasileira com sua habilidade. E aos poucos os asiáticos se sentiram mais à vontade e saíram para o jogo. Com 16 minutos, o lateral direito Cha Jong dominou na meia direita e bateu cruzado. A bola saiu pela linha de fundo e assustou o goleiro Júlio Cesar.

   O Brasil só voltou a criar com qualidade aos 27 minutos, quando o lateral direito Maicon foi ao ataque e chutou no canto esquerdo de Ri Myong, que espalmou. Pouco depois, o outro lateral, Michel Bastos, arriscou de longe e a bola passou perto do travessão. A seleção terminou a etapa inicial tocando no campo de ataque, mas anulado pela ‘muralha’ rival.

   Na volta do segundo tempo, o time de Dunga mostrou qual seria a postura nos próximos 45 minutos. Logo no primeiro toque na bola quatro jogadores partiram em velocidade em direção ao campo adversário. Aos cinco minutos, Kaká sofreu falta perigosa. Michel Bastos cobrou com força, pela lado direito do gol norte-coreano. Na sequência, Robinho bateu cruzado, mas a bola foi para fora.

   O gol finalmente saiu aos 10 minutos de partida, outra vez pela direita. Elano tocou a bola na frente para Maicon, que mesmo sem ângulo chutou forte. O goleiro Myong-Guk já ameaçaca sair para antecipar o cruzamento, mas a bola morreu na rede.

   O segundo gol poderia ter chegado aos 17, depois que Luis Fabiano brigou com os marcadores dentro da área e bateu por cima. Mas o outro tento viría aos 26 minutos. Com passe rasteiro, Robinho encontrou Elano dentro da área. O meia, que ontem completou 29 anos, tocou na saída do goleiro e comemorou. Logo depois foi substituído por Daniel Alves sob aplausos.

   No final da partida os asiáticos diminuíram. Jong passou para Yun Nam na esquerda da área e o meio campista bateu cruzado para o fundo do gol.


Autor de um gol, Maicon é o melhor

   Autor do primeiro gol brasileiro na Copa do Mundo 2010, o lateral direito Maicon, foi escolhido pela Fifa o melhor jogador em campo contra a Coréia do Norte.

   Durante o jogo, o lateral percorreu quase 8km, tentou 110 passes, acertou 92 e deu 3 chutes ao gol.

Na saída do gramado, Maicon minimizou o resultado apertado contra uma das seleções mais fracas da Copa: "- O mais importante foi começar vencendo. A gente sabe que domingo vai ter outra pedreira. A maioria dos jogadores estava estreando numa Copa do Mundo"

Papo de Área
Em onda de Copa  

Em jogo equilibrado, 0 x 0


   Portugal e Costa do Marfim empataram, a zero, no jogo de abertura do Grupo G da Copa do Mundo da FIFA, dosputado no Estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth. O encontro foi extremamente equilibrado – como se esperava -, mas a melhor oportunidade e o momento mais brilhante de todos os 90 minutos pertenceu a Portugal e, concretamente, a Cristiano Ronaldo, que acertou no poste da baliza africana.

   Num jogo disputado sob muito frio e, na segunda parte, alguma chuva, esperava-se muito dos ataques das duas selecções, mas acabaram por ser as defesas a ter o papel mais importante no Estádio Nelson Mandela Bay. Um enorme rigor e muita atenção às movimentações adversárias impediram os golos e levaram o 0-0 até final, num resultado que não altera, em nada, a ambição das duas selecções no Grupo G deste Mundial.



   Depois de um início de jogo alto lento, com as duas selecções a mostrarem muito respeito uma pela outro, eis que, aos 11 minutos, Ronaldo decide mexer com os acontecimentos. O número sete recebeu a bola de costas para a baliza, com um fantástico toque de calcanhar tirou um adversário do caminho e, de muito longe, rematou com muita força e muito, muito azar: a bola foi devolvida pelo poste da baliza de Barry.

   A Costa do Marfim respondeu com um livre directo de Tiene que, de pé esquerdo, fez a bola passar relativamente perto do alvo. Logo a seguir, foi Tiote a tentar a sua sorte, mas, mais uma vez, a bola não acertou na baliza à guarda de Eduardo.

   Aos 23 minutos, Gervinho ganhou um ressalto sobre Ricardo Carvalho já dentro da área, mas quando se preparava para rematar surgiu Paulo Ferreira, muito bem, a fazer um corte providencial.

   O intervalo chegou sem que nenhuma das seleções voltasse a levar perigo à área contrária, o que se alterou logo no segundo minuto da etapa complementar, com um remate cruzado de Gervinho a assustar Eduardo.

   Já depois de Kalou ter testado a atenção do guarda-redes português e de Simão ter entrado para o lugar de Danny – com Portugal a passar a jogar em 4-4-2 -, Deco teve uma boa iniciativa pela esquerda e cruzou para o cabeceamento de Liedson que, no entanto, saiu direitinho para as mãos de Barry.

   O jogo ganhava mais velocidade por esta altura, mais emoção, e, aos 66 minutos, o Estádio Nelson Mandela Bay fez uma enorme festa. Não que alguma das selecções tenha marcado um golo, mas porque a grande estrela marfinense, Didier Drogba, foi lançado em campo por Sven-Goran Eriksson.

   À entrada do último quarto de hora, os adeptos portugueses voltaram a sentir que o golo estava perto, com remates sucessivos de Raul Meireles e Cristiano Ronaldo a levarem as bancadas a soltar um enorme “uohhh” de emoção.

   Foi uma das últimas acções no jogo do médio português, já que Meireles acabaria por ser substituído, devido a cãibras, com Carlos Queiroz a lançar Rúben Amorim para o seu lugar. O médio do Benfica estreou-se, assim, em jogos oficiais por Portugal, depois de ter sido o último elemento a juntar-se ao grupo, substituindo o lesionado Nani.

   À medida que o final do jogo se aproximava, notava-se cada vez mais a preocupação das duas selecções em não cederem qualquer oportunidade ao adversário. Afinal, tratava-se do primeiro jogo no Mundial, as pernas de alguns jogadores já davam sinais de cansaço e uma eventual derrota poderia significar um futuro muito negro na busca de um lugar nos oitavos-de-final.

   Ainda assim, Portugal procurou jogar sempre mais no meio-campo adversário, mas, já nos descontos, foi Didier Drogba que esteve a centímetros de desempatar o jogo, num lance que levou o estádio ao rubro. Mas a festa acabou por ser feita pelas duas equipas. 

   Afinal, o empate não deu desgostos a ninguém.


C. Ronaldo melhor em campo

   O meia-atacante português Cristiano Ronaldo acertou uma bola na trave e foi eleito pela Fifa o melhor da partida. O jogador do Real Madrid participou pouco do jogo no Estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth. Além de carimbar a trave em chute de longe no primeiro tempo, acertou a barreira e mandou bola por cima do gol em duas cobranças de falta da entrada da área.

   Com o excesso de prudência do lado das duas equipes, porém, nenhum outro jogador esteve mais perto do gol do que Ronaldo. Segundo o próprio atacante e o técnico luso, Carlos Queiroz, a 'retranca' marfinense impediu que o duelo fosse mais aberto. 



Papo de Área
Em onda de Copa

14.6.10

Sendo simples, Holanda passa dela Dinamarca


   Com a ajuda de um lance improvável, a Holanda venceu nesta segunda-feira a Dinamarca por 2 a 0 pela partida de abertura do Grupo E da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010, no estádio Soccer City, em Johanesburgo. A equipe agora sustenta uma série de 20 jogos sem perder.

   O triunfo foi facilitado por um gol contra aos 46 minutos. E o quão fortuito foi o lance? Basta dizer que esse foi o primeiro gol contra desta edição do Mundial e o primeiro, na história do torneio, a favor dos holandeses e contrário aos dinamarqueses.



   A jogada teve origem nos pés de Robin van Persie, no início do segundo tempo. O atacante recebeu lançamento dentro da área, fez o domínio, saiu dela pela esquerda e fez o cruzamento. Simon Poulsen foi desajeitado para o lance e, ao fazer o corte, cabeceou para o lado e para baixo. A bola bateu nas costas de Daniel Agger e morreu no canto direito de Thomas Sorensen. O gol contra foi creditado  a Agger.

   Foi um deslize providencial para os holandeses, que chegam à Copa do Mundo cercados de expectativas, mas não conseguiram apresentar seu melhor futebol nesta estreia, a despeito de uma escalação talentosa composta com os meias Rafael van der Vaart e Wesley Sneijder, que fez uma grande temporada pela Internazionale, e os atacantes Dirk Kuyt e Van Persie à frente.

   A Holanda teve mais posse de bola durante todo o duelo, mas não conseguiu traduzir esse controle em muitas chances de gol. Na verdade, durante os primeiros 45 minutos, a investida mais perigosa foi dinamarquesa, aos 27 quando Dennis Rommedahl avançou pela direita e cruzou na medida para Nicklas Bendtner, que cabeceou para fora. A escalação de Bendtner, aliás, foi uma surpresa para o time nórdico.

   Na segunda etapa, depois do gol contra, o time laranja encontrou mais espaços no ataque, especialmente nos últimos dez minutos de partida, quando a Dinamarca não representava nenhuma ameaça de empate e as trocas feitas pelo técnico Bert van Marwijk surtiram efeito. Ele trocou Van der Vaart e Van Persie por Eljero Elia e Ibrahim Afellay, respectivamente.

   Elia teve importante participação no segundo gol. Ele recebeu belo passe de Sneijder na grande área e tocou com categoria diante de Sorensen. A bola, porém, bateu na trave esquerda, e Kuyt apareceu no rebote para completar.

   O craque holandês Arjen Robben, do Bayern de Munique, assistiu ao confronto no banco de reservas ao lado de seus companheiros, ainda em recuperação de uma lesão na coxa, com um emplastro para acelerar a reabilitação.

   Mesmo sem Robben e sem encantar, nenhum holandês vai reclamar do resultado, que valeu três pontos na tabela e a manutenção de uma invencibilidade de 43 anos diante da Dinamarca.

Sneijder melhor da partida

    O meia Wesley Sneijder foi eleito pela Fifa o jogador da partida. O jogador da Internazionale teve atuação importante para a vitória holandesa. Principal articulador no meio-campo, Sneijder deu o passe para Elia que acabou no gol de Dirk Kuyt, o segundo da seleção da Holanda.

Principal jogador do meio holandês, Sneijder destacou-se pela eficiência nos passes. Foram 58 toques completos e apenas 16 erros durante os 90 minutos em que permaneceu no campo do Estádio Soccer City em Johanesburgo. Nos lançamentos, foram dez tentativas e três acertos.

Sneijder também tentou quatro finalizações durante a partida, uma delas com muito perigo, aos 36 minutos. O meia arriscou de longe, a bola desviou na zaga e acertou o travessão de Sorensen. Ao todo, o jogador da Internazionale correu 9.707 metros no confronto contra a Dinamarca.

Agora, os holandeses voltam a campo somente no próximo sábado, dia 19 de junho, para enfrentar o Japão. A partida será realizada em Durban e, dependendo de uma combinação de resultados, pode garantir a classificação antecipada da Holanda para as oitavas de final.

Papo de Área
Em onda de Copa 

Japão bate Camarões










    A partida começou muito disputada e com forte marcação no meio-de-campo, e o primeiro lance de perigo aconteceu aos oito minutos. Eto’o, que atuou quase como um ponta direita no trio de ataque de Camarões, acionou Weboo dentro da área, e o jogador rolou rasteiro para Eyong. Mas o brasileiro naturalizado japonês Marcus Tulio Tanaka desarmou a tempo.

    Bem organizado defensivamente, o Japão só chegou com mais força ao ataque aos 16 minutos, quando Matsui arrancou em velocidade pela direita e fez o cruzamento para a área – mas a bola ficou fácil nas mãos do goleiro camaronês Souleymanou.

    Não demorou muito para os nipônicos assustarem de novo: Matsui, mais uma vez, levantou pela direita, Souleymanou falhou, mas Okubo perdeu a chance. De qualquer forma, a arbitragem já paralisava o lance, marcando impedimento do atacante japonês.

    Até o fim do primeiro tempo, a seleção japonesa continuou investindo nas jogadas pelas laterais do campo, em velocidade. Foi o que aconteceu novamente aos 32 minutos, desta vez na esquerda, com Nagamoto, que levantou na área – mas a zaga camaronesa não teve problemas para afastar o perigo.

    Após tanta pressão, o Japão, enfim, chegou ao seu gol. Aos 39 minutos, Matsui fez mais uma boa jogada invidual pela direita, se livrou da marcação camaronesa e levantou na área. A bola sobrou para Honda, que dominou com categoria e tocou na saída do goleiro Souleymanou para fazer Japão 1 a 0.

    Na etapa complementar, quem assustou primeiro foi Camarões, na primeira aparição de maior destaque de Samuel Eto’o na partida. O jogador da Internazionale se livrou de três defensores japoneses pela direita, invadiu a área e rolou para Moting, que perdeu o gol. A bola passou rente à trave do gol de Kawashima.

    Aos 18 minutos, o técnico de Camarões, Paul Le Guen, tirou Matip e colocou Emana em campo. O camisa 10 camaronês deu um pouco mais de mobilidade à equipe, mas não foi suficiente para fazer o time africano chegar ao empate. A melhor chance foi aos 40, com um chute forte de Mbia, que acabou acertando travessão do gol japonês.

Honda é eleito o melhor jogador da partida

   Keisuke Honda foi eleito pel Fifa como o melhor jogador em campo no jogo de hoje. Além de fazer o gol, Honda deu outro chute no gol, completou 27 de 42 passes tentados e ainda correu mais de 11 km em campo, de acordo com as estatísticas da Fifa.

   Keisuke Honda é jogador do CSKA Moscou e já havia sido importante na campanha de seu time na Champions League. Ele é uma das armas japonesas na Copa do Mundo.


Papo de Área
Em onda de Copa 

13.6.10

Gana é o primeiro africano a vencer


   A primeira vitória africana na Copa do Mundo da FIFA veio com Gana. Com muita raça e melhor em todo jogo, o país aproveitou dois erros da defesa da Sérvia para chegar ao triunfo por 1 a 0 e alcançar a liderança provisória do Grupo D, que ainda neste domingo vê o duelo entre Alemanha e Austrália.

   No Estádio Lottus Versfeld, os ganeses mostraram boa técnica e disposição ao longo do jogo e foram premiados com um pênalti infantil cometido por Kuzmanovic aos 38 minutos do segundo tempo. O zagueiro tentou afastar um cruzamento da esquerda, mas cortou com a mão. Na cobrança, Asamoah Gyan não perdoou e deu a vantagem definitiva ao país.



   Primeiro país africano a se classificar para o Mundial, Gana deu importante passo para repetir a campanha de 2006, quando, em sua estreia em Copas do Mundo da FIFA, foi às oitavas de final, parando apenas no Brasil. Na próxima rodada, o país terá pela frente a Austrália, enquanto a Sérvia vai encarar a Alemanha precisando mais do que nunca do triunfo.

   O país do Leste Europeu, que nas eliminatórias avançou no grupo da França, passou a acumular cinco derrotas seguidas no torneio, sendo que três delas vieram na fraca campanha da Alemanha 2006. Pior ainda, dificultou bastante suas pretensões para 2010.

Gyan é eleito o melhor jogador
 
   O atacante Asamoah Gyan foi eleito pela Fifa o destaque do jogo entre Gana e Sérvia, válido pelo Grupo D da Copa do Mundo da África do Sul. Em 2006, ele marcou o primeiro gol de seu país na história das Copas.
 
   Jogador do Rennes, da França, Gyan chamou a responsabilidade em campo. Ele tentou cinco finalizações ao gol adversário e mandou três no alvo. Nos passes, Gyan também apresentou bom desempenho, mesmo sem tocar tanto na bola. Foram 17 acertos em 29 tentativas.

   Gyan ainda conseguiu um feito importante. Depois de seis jogos, ele é o primeiro atacante a balançar as redes na edição 2010 da Copa do Mundo. A eleição do ganês também confirma a tendência de os destaques das partidas serem dadas a quem faz gols. Também neste domingo, o esloveno Koren foi o destaque da partida com a Argélia, após marcar o gol da vitória.

   Agora, Gana ganha seis dias de descanso até a segunda rodada do grupo D. No sábado, os africanos medem forças com a Austrália, em Rustemburgo. 

Papo de Área
Em onda de Copa

Eslovênioa agradeçe a Chaouchi


   Para quem entrou na Copa do Mundo da FIFA sendo considerado um absoluto azarão, terminar a primeira rodada do grupo como líder isolado parece até bom demais para ser verdade.

   A Eslovênia jamais havia conseguido uma vitória em disputas de Mundial e da UEFA Euro em sua história e, embora não tenha demonstrado um futebol dos mais inspiradores, conseguiu tudo aquilo que poderia sonhar na estreia deste domingo diante da Eslovênia em Polokwane. Os europeus marcaram 1 a 0, com gol de Robert Koren aos 34 do segundo tempo, e assumiram o primeiro lugar isolado do Grupo C com três pontos – dois a mais do que Inglaterra e Estados Unidos, que empataram no sábado. Na próxima rodada, dia 18, encaram os Estados Unidos, enquanto a Argélia luta por sua sobrevivência diante dos ingleses.



   O primeiro tempo deixou clara a cautela com que as duas equipes – tidas como azarões do Grupo C – encaravam a partida. Os primeiros 35 minutos foram de puro estudo: muitos passes trocados no meio-campo, muita marcação, um bocado de erros e praticamente nenhuma oportunidade de ver a bola chegando a qualquer uma das duas áreas.

   Foi só no final da primeira etapa que os times tiveram cada um uma oportunidade. E até nisso foram iguais: em lances que começaram depsretensiosos, na intermediária. Aos 36, Rafik Halliche subiu muito num cruzamento à área e cabeceou para o chão, em direção ao canto esquerdo. A bola passou raspando a trave de Samir Handanovic. Alguns minutos depois, quem transformou um lance aparentemente inócuo em chance foi Valter Birsa, que bateu de muito longe e obrigou Faouzi Chaouchi a uma boa defesa.

   Não é que as coisas tenham mudado muito na segunda etapa: a impressão era de que os times aos poucos começavam a se contentar com o empate que deixaria o grupo todo igualado. Mas então veio o lance que acabaria sendo decisivo para o resultado final. E, como era propício a uma partida tão amarrada, não se tratou de um momento ofensivo, de perigo, mas de uma falta no meio-campo: foi quando Abdelkader Ghezzal levou seu segundo cartão amarelo, aos 28 minutos.

   Com um a mais, aí sim a Eslovênia teve fôlego para se lançar, ainda que modestamente, ao ataque. Logo deu resultado: aos 34 minutos, Birsa fez boa jogada e Robert Koren recebeu na entrada da área. Chutou sem muita força, mas o goleiro Chaouchi foi mal na bola. Uma falha grave que resultou no gol da vitória e da liderança provisória para os eslovenos.

Koren é eleito o melhor do jogo pela Fifa

    O esloveno Robert Koren foi escolhido pela Fifa como o melhor jogador da partida. Em uma partida horrorosa tecnicamente, a escolha mostra justiça, embora seu compannheiro Birsa também tenha se destacado. O argelino Belhadj também foi bem.


Papo de Área
Em onda de Copa 

12.6.10

Argentina? Simples, direta, meio assustada

   Assim como a Argentina que se viu hoje contra a fraca Nigéria, tentarei ser bem objetivo e direto.

   A Argentina de Diego Armando Maradona fez o que dela se esperava como favorita: venceu a Nigéria em sua estreia na Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010, no estádio Ellis Park, de Johanesburgo. Não foi exatamente com brilho, mas sim com lampejos do futebol ofensivo que se espera de quem tem tantos atacantes de qualidade, que os argentinos marcaram 1 a 0 – gol do zagueiro Gabriel Heinze, aos seis minutos de jogo.

   O melhor jogador em campo, acabou sendo o goleiro do Nigéria, Enyeama.

   Outro que chamou atenção, foi "Dom" Diego Maradona, que apareçeu de terno, e a cada ataque, dava seus pulinhos de ffustração.

   A vitória deixa os argentinos com três pontos no Grupo B, ao lado da Coreia do Sul, que bateu a Grécia por 2 a 0 no primeiro jogo deste segundo dia de Mundial. São justamente os dois líderes que se enfrentam na próxima rodada – dia 17, no estádio Soccer City -, numa partida que pode até chegar a  decidir um dos classificados as oitavas de final.


Papo de Área
Em onda de Copa 

Gol bonito, frango mais (ou menos) ainda


   No jogo mais tenso e agitado da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010 até aqui, Inglaterra e Estados Unidos empataram em 1 a 1 no Royal Bafokeng Stadium, em Rustemburgo, pela abertura do Grupo C. 

   Essa foi a primeira partida entre os dois países desde a histórica vitória dos EUA no Mundial de Braisl 1950, e novamente os americanos encontraram uma forma de surpreender. Depois de levarem um gol logo aos quatro minutos, eles conseguiram o empate em uma falha do goleiro David Green. 

   Em termos individuais, o goleiro Tim Howard se destacou defendendo a meta ianque, enquanto os britânicos contaram com boas atuações do habilidoso lateral Glen Johnson, sempre uma ameaça em seus avanços pelo lado direito. 


 O jogo

    O gol inglês saiu em uma jogada que retrata bem o futebol dinâmico que a atuação geração do país pode oferecer ao público. Após cobrança de lateral de Glen Johnson pela direita, Steven Gerrard ganhou a dividida. Na sobra, o grandalhão Emile Heskey recebeu a bola à frente da meia-lua e reagiu rapidamente. Ele viu o mesmo Gerrard avançar em diagonal na área, deixando seus rivais para trás, e tocou na medida. O ídolo do Liverpool chegou batendo de primeira, sem chances para Tim Howard. 

   Depois de ficar à frente do placar, porém, o English Team não chegou a assumir o controle do jogo, sem aproveitar o impacto negativo emocional dos rivais. Aaaron Lennon chegou a avançar livre pela área pela direita, mas optou pelo cruzamento em vez do chute e viu Jay Demirit fazer o corte, depois de a bola passar por Howard. Depois de já ter tomado o empate, Glen Johnson também encontrou espaço pela direita e optou pelo chute forte e rasteiro, para defesa de muito reflexo do goleiro. 

   Enquanto isso, os norte-americanos equilibravam a partida, conseguiam volume de jogo a partir de seu compacto meio-campo e começavam a chegar à área inglesa, com bolas aéreas perigosas de Landon Donovan e alguns chutes de fora da área. Foi num lance desses que, aos 40, Clint Dempsey conseguiu o empate, de modo improvável. Ele girou contra Gerrard e arriscou de longe, mas sua finalização saiu fraca. Apesar disso, o goleiro David Green se atrapalhou na hora de fazer a defesa, deixou a bola passar por seus braços e a viu morrer no fundo da rede. 

    O primeiro grande lance da segunda etapa veio nos pés de Heskey. Em um contra-ataque bem executado, o atacante recebeu passe pelo centro e partiu à frente do zagueiro. Na entrada da área, quase sem fôlego, ele optou pelo chute, mas encontrou um Howard bem posicionado no meio do caminho. 

   A resposta americana veio com o vigor de Jozy Altidore. O centroavante fez jogada individual pela esquerda, deixou Jamie Carragher para trás, entrou na área e bateu firme. Para se redimir do erro, Green fez uma grande defesa, com reflexo, caindo no seu canto direito para espalmar. A bola ainda tocou na trave. 

   A Inglaterra ainda teve uma nova grande chance pela vitória, aos 75 minutos, quando Shaun-Wright-Philipps ficou livre com uma sobra pela esquerda de cruzamento, dominou, olhou para o gol e chutou para mais uma intervenção de Howard.


Papo de Área
Em onda de Copa