10.11.09

Rapidinhas 34° rodada ( Jogos de Domingo )

Os jogos mais importantes:

Fluminense 1 X 0   Palmeiras

         Foi suado, disputado e polêmico, mas o Fluminense superou todas as adversidades e derrotou o Palmeiras por 1 a 0, na tarde deste domingo, no Maracanã, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Fred, de cabeça, marcou o único gol validado da partida. Isso porque Obina também balançou a rede, quando o confronto estava empatado em 0 a 0, mas o árbitro viu falta inexistente do atacante alviverde.



Em ascensão e ostentando uma invencibilidade de nove partidas, sendo duas pela Copa Sul-Americana, o Tricolor saiu da lanterna, posição que o incomodava há pouco tempo, para chegar à 17ª colocação, com 36 pontos. Já o Verdão perdeu a chance de voltar a ser o líder do Brasileirão, posto que ocupava desde a 15ª rodada, após vencer justamente o Fluminense.

A etapa inicial pode ser dividida em duas: antes e depois da parada para beber água, que aconteceu aos 22 minutos, por causa do forte calor que fazia no Rio de Janeiro. Antes, um jogo mais cadenciado, sem muita velocidade e mais disputado no meio-campo. As chances eram escassas. Aos três minutos, Fred passou por Maurício e bateu rasteiro. Bruno segurou.

Com dez de jogo, Vágner Love foi lançado em posição legal e ganhou de Digão, mas o zagueiro se recuperou e atrapalhou o atacante. Desequilibrado, o jogador alviverde deu uma furada e perdeu grande chance. Com a temperatura de 37 graus no Rio, o árbitro Carlos Eugenio Simon decidiu parar o jogo para que os atletas pudessem se refrescar. E parece que deu certo.

Ambas as equipes voltaram mais inspiradas, e teve até gol mal anulado. Aos 29, Figueroa cruzou da esquerda, Obina disputou com Maicon e cabeceou no canto direito de Rafael, balançando as redes. Simon, no entanto, alegou falta inexistente do atacante - as câmeras da TV não mostraram infração - e invalidou o lance, gerando muita reclamação dos jogadores do Palmeiras.

Os visitantes não se abateram e foram de novo ao ataque com 36 minutos. Figueroa cruzou cruzado da direita e quase marcou. A bola saiu por pouco. A partir daí o Fluminense cresceu na partida e teve três boas chances para abrir o placar.

Aos 38, Dieguinho entrou na área pela esquerda e bateu cruzado. Bruno desviou para escanteio. Dois minutos depois, Conca bateu falta da meia-esquerda, Gum escorou para Dalton, que, sem marcação, cabeceou à direita do gol. E aos 42, Mariano driblou Souza e cruzou na segunda trave. Fred não alcançou, mas a bola sobrou para Dieguinho dominar e chutar à esquerda.

Fred decide... Mais uma vez

O Flu voltou do intervalo no mesmo ritmo que terminou o primeiro tempo, e por isso o Palmeiras passou a ter mais dificuldade. Logo aos 40 segundos, Diguinho aproveitou cobrança de escanteio de Conca e emendou de primeira, de fora da área. A bola saiu com perigo, por cima do travessão.

A gol tricolor saiu da mesma jogada. Conca desta vez bateu no meio da área, e Fred nem precisou pular para cabecear e abrir o placar, aos 14 minutos. O Alviverde não conseguia segurar a bola no campo de ataque, e as chances do Tricolor se sucediam. Com 24 minutos, Fred lançou Mariano em boas condições no ataque. O lateral entrou na área, chutou com o pé esquerdo e mandou torto demais.

A partir daí foi os donos da casa controlaram o jogo. As substituições de Muricy Ramalho não surtiram efeito, e as realizadas por Cuca - que já havia sido feliz nas alterações feitas na heroica vitoria sobre o Cruzeiro, no Mineirão - mantiveram o bom ritmo do Fluminense. No fim, um 1 a 0 que fez a festa dos mais de 60 mil tricolores que compareceram ao Maracanã para torcer pela equipe. Os jogadores fizeram questão de aplaudir e agradecer o apoio.



Atlético-MG 1 X 3 Flamengo


Pode ter faltado a técnica mais refinada dos tempos de Zico e Reinaldo. Mas a partida deste domingo apresentou outros ingredientes de um revival dos anos 80 - com o adicional de um gol olímpico. Atlético-MG e Flamengo repetiram a forte tensão da bela rivalidade e, sobretudo, a emoção. E diante de um Mineirão lotado, mas não na totalidade dos 64.800 ingressos vendidos - pouco mais de 1.000 ficaram nas mãos dos cambistas -, a equipe rubro-negra, mais consistente e com os principais jogadores aparecendo nos momentos decisivos, obteve vitória importante na luta pelo título brasileiro e/ou vaga na Libertadores.

O triunfo por 3 a 1 - gols de Petkovic, Maldonado e Adriano, com Ricardinho marcando o do time mineiro -, conquistado com justiça, fez o time ultrapassar o Galo na tabela. Agora com 57 pontos, está em terceiro lugar. A equipe mineira, com a derrota, cai para a quarta posição, com 56, mas continua na briga. O resultado deixa os rubro-negros a dois pontos do líder do Campeonato Brasileiro, o São Paulo - que na quarta-feira empatou com o Grêmio, no Olímpico -, e a um do vice-líder, o Palmeiras, que foi derrotado neste domingo pelo Fluminense por 1 a 0, no Maracanã.

Em outro duelo, só que particular, Adriano levou a melhor sobre Diego Tardelli. Apesar de o atacante atleticano ter participado mais da partida, o rubro-negro apareceu na hora certa para decidir. O Flamengo vencia por 2 a 1 quando o Galo ainda buscava o empate. Mas aos 36 minutos do segundo tempo, a estrela do Imperador brilhou. Marcou o gol de cabeça que garantiu a vitória e o empate na tabela dos artilheiros do Brasileirão, ao lado justamente do jogador da equipe mineira.

Curiosamente, o placar deste domingo repetiu o do confronto das equipes no primeiro turno, no Maracanã. Na próxima rodada, o Flamengo joga novamente fora de casa. Domingo, terá pela frente o Náutico, no estádio dos Aflitos. O Galo sairá de Minas no sábado para encarar o Coritiba, no Couto Pereira. 

Gol olímpico
 
Foi um primeiro tempo em que, se faltaram muitas chances de gol, sobraram tensão e emoção, como os grandes jogos decisivos. O Galo começou a partida como esperava a sua torcida: pressionando o Flamengo em seu próprio campo. E com Diego Tardelli com apetite de gol: logo aos dois minutos, ele bateu pela meia-esquerda, só que fraco, para a defesa de Bruno. O camisa 9 atleticano se deslocava pela esquerda, pela direita, procurando as jogadas individuais. Fazia a alegria da massa atleticana.

Do lado rubro-negro, a ordem era cadenciar o jogo e buscar os contra-ataques. A peça-chave nesse esquema era Petkovic. E foi o camisa 43 quem iniciou a boa jogada que resultou no gol do Flamengo. Ele lançou Zé Roberto pela esquerda. O atacante ganhou na velocidade e bateu para Carini mandar a escanteio pela esquerda. Onde o sérvio mais gosta de bater. Não deu outra. Aos nove minutos, ele cobrou cirurgicamente, no primeiro pau, entre Thiago Feltri e Carini, marcando o seu segundo gol olímpico neste Campeonato Brasileiro.

O gol de Pet, o 50º com a camisa do clube carioca, esfriou o ímpeto do Atlético, que sentiu o baque. E deu ao Flamengo a chance de respirar. Mas não muito. Apesar de perseguido de perto ora por Aírton (na maioria das vezes), ora por Maldonado, Ricardinho conseguiu iniciar uma boa jogada de perigo para o Galo. Aos 15 minutos, ele tocou pela direita para Carlos Alberto, que foi à linha de fundo e centrou para Éder Luís bater, mas . Bruno, seguro, defendeu.


O tempo passava. A torcida do Galo já não estava mais calada. E aos 30 minutos, por pouco comemorou o empate. Em bola roubada no meio-campo, Correa lançou Tardelli. Bruno saiu e bicou para frente, mas a bola chegou aos pés de Éder Luís, que no entantou não aproveitou a chance e encobriu mal o goleiro, batendo para fora.

Para piorar a situação dos mineiros, aos 39 minutos, Maldonado roubou uma bola no meio-campo, foi à frente e, em jogada individual, cortou Werley e bateu no cantinho, à direita de Carini, sem defesa: 2 a 0 Flamengo. Foi o primeiro gol do chileno no clube. E a torcida rubro-negra, que já cantava após o primeiro gol, fez um carnaval no Mineirão.

Já a torcida do Galo perdeu a paciência no último lance de gol no primeiro tempo. Em falha de Ronaldo Angelim pelo lado esquerdo, Éder Luís roubou a bola e tocou para Correa bater livre, com Bruno batido, por cima. E o Flamengo foi para o intervalo com vantagem de dois gols.

Reação do Galo

Duas preocupações atormentavam as torcidas. O que faria Celso Roth para fazer o Galo virar a partida e, do lado rubro-negro, como estariam as condições de Petkovic para o segundo tempo. O sérvio voltou, e o técnico atleticano pôs Evandro no lugar de Renan. Mandou o Galo para o ataque e, logo aos quatro minutos, o time diminuiu o placar: Thiago Feltri centrou pela esquerda, Evandro desviou de cabeça para Ricardinho escorar, com o pé direito.

A partir daí, a torcida do Galo acordou. A pressão aumentou. A tensão também. Com Petkovic apagado, o contra-ataque rubro-negro só funcionou aos 15 minutos, em jogada individual de Zé Roberto pela esquerda. Ele passou por Jonílson, Carlos Alberto e Werley, mas bateu para fora. Pouco depois, o time perdeu Aírton. Entrou Toró. Aos 22, ele participou de lance em que Zé Roberto quase ampliou. Carini fez boa defesa,

Imperador decide

Petkovic saiu para a entrada de Fierro. Era lá e cá. Aos 25, Evandro, de virada, quase empatou. A essa altura, o Galo já tinha Rentería no lugar de Éder Luís no ataque. E Celso Roth pôs Serginho no de Correa. O Flamengo pareceu por alguns momentos mais desarmado do que o Galo com as mudanças. Aos 29, em bola roubada na altura da meia-lua, Tardelli rolou para Ricardinho, que bateu para fora.
Bem marcado, sumido da partida, Adriano apareceu bem aos 32 minutos, quando, em jogada individual, teve a chance de ampliar o marcador, mas bateu em cima de Carini. Era a "premiere" do que o Imperador aprontaria. Aos 36, após belo centro de Fierro, que entrou bem na partida, o camisa 10 rubro-negro escorou de cabeça, aproveitando falha de Carini na saída do gol. A bola ainda tocou em Benitez antes de estufar as redes. Com o tento, o atacante rubro-negro empatou com Tardelli na artilharia do Brasileiro, com 18 gols.

Do terceiro gol em diante, o Fla retomou a partida. A torcida do Galo ficou muda. A rubro-negra cantava "Poeira" e outras músicas para comemorar. A vitória estava selada, ainda que o Atlético tentasse, no desespero, reagir. Os dois clubes seguem na busca do título. Mas o rubro-negro, com uma motivação a mais. E o Campeonato Brasileiro promete muita emoção.


Botafogo 2 X 0 Coritiba

O Botafogo deu um importante passo para seguir na Série A do Campeonato Brasileiro. Na noite deste domingo, no encerramento da 34ª rodada da competição, o Alvinegro derrotou o Coritiba por 2 a 0, no Engenhão, e encostou no próprio Coxa, que também soma 41 pontos - mas leva vantagem no número de vitórias (11 contra nove). Além disso, abriu cinco de vantagem para a zona de rebaixamento, cujo primeiro time é o Fluminense.

O Glorioso começou melhor a partida e teve três boas chances de marcar logo no início da partida. Jobson assustou Vanderlei em duas oportunidade. Logo a um minuto, recebeu dentro da área e furou. No lance seguinte, aos cinco, o atacante foi acionado pelo lado direito e chutou para ótima defesa de Vanderlei. No minuto seguinte, Reinaldo acertou uma bomba da intermediária, e o camisa 1 do Coxa fez outra ótima defesa.

O time alvinegro seguiu melhor e desperdiçando oportunidades de abrir o placar. Aos nove, Jobson tocou para Alessandro na entrada da área. O lateral-direito chutou, e o goleiro adversário voltou a aparecer bem. Seis minutos depois, Renato tabelou com Leandro Guerreiro e chegou à linha de fundo. O cruzamento foi na cabeça de Reinaldo, que errou a finalização.

O Coxa finalizou ao gol do Botafogo pela primeira vez aos 18 minutos. Ariel aproveitou lateral cobrado por Luciano Amaral para dentro da área, dominou no peito, girou sobre um zagueiro e chutou fraco, facilitando a defesa de Jefferson. A partir daí, a partida caiu de ritmo. Os cariocas tentavam chegar no toque de bola e nas cobranças de falta na entrada da área, mas nenhuma levou perigo. Os paranaenses, por sua vez, jogavam nos contra-ataques.

O Botafogo voltou a atacar com vontade aos 37, e foi assim que chegou ao primeiro gol. Diego deu ótimo lançamento para Renato, já dentro da área. O atacante chutou com força, e a bola passou por baixo de Vanderlei: 1 a 0. Dois minutos depois, Jobson fez linda jogada: passou por um adversário dentro da área e chutou para mais uma defesa milagrosa do camisa 1.

Impedido, Lucio Flavio marca um golaço e garante a vitória

Na volta para o segubndo tempo, o técnico Ney Franco decidiu colocar o Coritba no ataque. O treinador sacou o volante Jaílton e apostou na entrada do atacante Marcos Aurélio. Em seu primeiro lance, aos cinco minutos, o jogador passou pela zaga no lado direito da área e soltou a bomba. Jefferson salvou o Botafogo com ótima defesa. Aos 12, o lateral Diego passou por dois zagueiros do Coxa e chutou para nova intevenção de Vanderlei.

No minuto seguinte, o Coxa teve uma chance de ouro para empatar. Renatinho tabelou com Luciano Amaral e recebeu na entrada da área. O meia arriscou, e a bola passou com perigo, à esquerda do gol alvinegro. Aos 16, Pedro Ken recebeu pelo lado direito e soltou a bomba, rente ao travessão.

Os paranaenses seguiam melhores na partida. Aos 21, Ariel fez uma linda jogada na entrada da área e foi derrubado. Falta perigosa cobrada por Marcelinho Paraíba e que terminou com bela defesa de Jefferson. Mas um minuto depois foram os anfitriões que balançaram novamente as redes. Em contra-ataque bem tramado, Jônatas tocou para Reinaldo na intermediária. O atacante rolou para Lucio Flavio, em posição de impedimento. Já dentro da área, o Maestro driblou dois adversários e soltou a bomba no ângulo esquerdo: 2 a 0.

O Botafogo poderia ter marcado o terceiro gol em cobrança de falta de Juninho. Aos 40, o zagueiro-artilheiro soltou a bomba, e, para não perder o costume, Vanderlei salvou, mesmo que no susto. No fim, Marcos Aurélio foi derrubado dentro da área por Wellington, mas o árbitro Wilton Pereira Sampaio errou ao assinalar falta em vez da penalidade máxima. Para a torcida alvinegra, pouco importava. Após o apito final, festa no Engenhão.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua sugestão: