12.3.10

Rodada boa para os brasileiros na Libertadores

 Os clubes brasileiros saem felizes dessa rodada pela Libertadores. Ninguém pode reclamar. Veja porque:

O Flamengo, heroicamente, jogando com uma diposição espetacular e com a importante liderança de Vagner Love (cada vez mais à vontade e  mais identificado com a camisa) trouxe três pontos da Venezuela. A falta de qualidade do adversário na hora das conclusões ajudou também, mas foi uma prova difícil, sob pressão intensa, agravada por uma semana tumultuada. Mas o grupo de Andrade, por incrível que pareça, saiu ainda mais forte de todo o bafafá da Chatuba.
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O São Paulo também mandou muito bem e deu passo importante para a classificação, no Paraguai. Agora Washington vive o papel de herói, depois da incômoda situação de vilão na partida anterior. Situação injusta, diga-se de passagem. Todos sabemos, há uma década, que Washington não é uma exuberância técnica, não é um craque; mas sabe fazer gol. Como todo centroavante de seu estilo, perde algumas chances incríveis mas, no fim das contas, deixa resultados positivos nos clubes que defende.
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O Corinthians “achou” um empate quando quase ninguém mais parecia acreditar. Bom resultado. Ainda mais naquelas circunstâncias. O golaço de Dentinho (que vai voltando à boa fase) pode significar os pontinhos decisivos, lá na frente, na hora de fechar as contas para a classificação. Ronaldo ainda precisa melhorar muito. E insisto (já escrevi sobre isto nesta semana): ele é o termômetro do time. Se o Ronaldo despertar, o Corinthians volta aos seus melhores dias rapidamente.
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O Inter sofreu com uma viagem longa (felizmente atenuada por um voo fretado – sábia decisão da diretoria), pedras da torcida adversária, arbitragem confusa e, claro, com a altitude de Quito. Mas, assim mesmo, também trouxe um pontinho importante.  No melhor espírito gaúcho em Libertadores. Foi uma batalha em que o adversário não mostrou grande técnica, mas exigiu muitíssimo em determinação e preparo físico dos colorados.  A lamentar, a lesão do Pato (boa sorte nos exames!). A comemorar, mais um passo importante na carreira do Giuliano, para mim um dos maiores talentos de sua geração. Um jogador que ainda pode contribuir muito, inclusive em seleção brasileira.
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E o Cruzeiro? Uma vitória, um empate e uma derrota pode parecer um começo cambaleante em uma competição. Afinal de contas são apenas 44% de aproveitamento (o pior entre os brasileiros até agora). Mas as estatísticas enganam. Se pensarmos bem, perder na Argentina para o Velez não chega a ser assutador. Empatar aquela partida de ontem também é bastante razoável. A questão agora passa a ser: em casa não tem ponto perdido. É vencer ou vencer. E, sinceramente, pensando no próximo passo, este time do Deportivo Italia, no Mineirão, não assusta. Em Minas é outro jogo.

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