22.4.10

Confiança na loucura


    Receber craques vindos do futebol europeu que buscam a melhor forma visando jogar a Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010 virou algo rotineiro para o futebol brasileiro nos últimos tempos. Foi assim com gente como Adriano, Roberto Carlos ou Robinho.

Pois o uruguaio Sebastián Abreu decidiu seguir a mesma rota, mas com um desafio maior, já que, ao assinar com o Botafogo, não estava necessariamente voltando para casa e encarava uma torcida faminta por títulos.  
O resultado dessa aventura assumida pelo atacante, por enquanto, não poderia ser melhor para quem torce e aposta na Celeste Olímpica. "Loco" Abreu conquistou os botafoguenses com seu carisma e espírito de artilheiro, marcou 11 gols em 15 jogos pelo Campeonato Carioca e foi fundamental para que o clube garantisse a conquista do estadual, de modo convincente, ao ganhar os dois turnos para evitar uma finalíssima. Abreu se encontrou com a camisa alvinegra e se torna uma sólida opção tática para o técnico Óscar Tabárez.

Uma arma importante

   Diego Forlán e Luis Suárez formam sem dúvida uma das duplas de ataque mais temidas do Mundial que começa no dia 11 de junho. São dois jogadores que esbanjam versatilidade e têm um faro de gol comprovado pelos melhores goleiros no futebol europeu. Já Abreu pode oferecer outras características à seleção, atuando mais próximo à grande área e representando uma ameaça mais física contra os zagueiros.





   Essa segurança foi comprovada na final do segundo turno do Campeonato Carioca contra o Flamengo: com o jogo empatado em 1 a 1, um segundo pênalti foi marcado para o Botafogo. Com o time precisando de apenas um gol para levar o caneco e milhões de  botafoguenses com o coração na boca, Abreu assumiu a responsabilidade e bateu. Não só bateu, mas o fez de cavadinha, apenas colocando por cobertura no centro do gol, feito Zinedine Zidane na final da Copa do Mundo da FIFA Alemanha 2006. A bola ainda triscou o travessão antes de entrar. De certa forma, o atacante justificou seu apelido, sem se importar com as fortes emoções ampliadas pela ousadia. "Estava totalmente consciente do que estava fazendo. É uma maneira de enganar o goleiro. Já fiz diversas vezes. Fiquei ligado. Depois que a vi dentro do gol, foi só comemorar."


Papo de Área
Em onda de Copa 

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