São Paulo se aqueçe para Quarta

    Crise, clima pesado, quase dois meses sem vitória. Esse foi o cenário superado pelo São Paulo, que precisou de apenas dois minutos para marcar duas vezes e bater o Ceará, no Morumbi.

    O ambiente do Morumbi era tenso. Antes mesmo do jogo começar, a torcida protestou no portão principal do estádio, pedindo raça aos jogadores, e que honrassem a camisa do São Paulo.

    O time são-paulino começou o jogo demonstrando mais determinação e, sobretudo, mais vontade de vencer do que havia demonstrado na última quarta-feira, contra o Internacional, no Beira-Rio.

    As principais chances da equipe surgiam de Ricardo Oliveira, que fazia sua reestreia como titular, e deu mostras de bom futebol o qual o Tricolor padecia. A melhor chance do São Paulo na primeira etapa passou por ele: após receber passe de Marlos, aos 24 minutos, Ricardo bateu e obrigou o goleiro Diego a fazer grande defesa.

    Entretanto, o lance bem tramado pelo clube do Morumbi foi exceção na primeira etapa, que teve muito toque de bola e pouca objetividade, poucas chances criadas. O São Paulo esbarrou em sua falta de criatividade, enquanto o Ceará pouco mostrou para ameaçar a defesa são-paulina.

    Para a segunda etapa, parafraseando o grupo "Titãs", o acasou protegeu o técnico Ricardo Gomes, que vive momentos de tensão no comando do São Paulo. Xandão não pôde retornar após sentir o tornozelo, e deu lugar a Fernandão, na volta do intervalo.

    Fernandão deu uma característica ainda mais ofensiva ao Tricolor, que criou chances e, aos 20 minutos, conseguiu furar a retranca dos cearenses. Hernanes cobrou escanteio da esquerda, e F15 escorou de cabeça, sem chances para o goleiro Diego.

   A blitz são-paulina não parou por aí: dois minutos depois, Dagoberto, um dos mais criticados na derrota para o Internacional, desarmou no campo de defesa do Tricolor e deu ótimo passe para Ricardo Oliveira que, sozinho, de frente para o goleiro, mostrou frieza e ampliou a vantagem dos paulistas. Alívio para os torcedores, jogadores, e, claro, o técnico Ricardo Gomes!

   O Ceará ainda descontaria com Erik Flores, que saiu de dois jogadores do São Paulo e marcou um belo gol, aos 39 minutos, dando contornos dramáticos à vitória tricolor. Fim de jogo: 2 a 1.

   O São Paulo se mantém, dessa forma, fora da zona do rebaixamento, e terá um difícil confronto contra o Atlético-PR, fora de casa, na próxima rodada. Enquanto o Ceará recebe o outro Atlético, de Goiânia, no Castelão.
 
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 2X1 CEARÁ
Estádio: Morumbi, São Paulo (SP)
Data/hora: 31/7/2010 - 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa-PR)
Auxiliares: Ivan Carlos Bohn (PR) e Bruno Boschilla (PR)
Renda/público: R$ 242.050,59 / 11.793 pagantes
Cartões amarelos: Miranda (SAO); Geraldo, João Marcos (CEA)
GOLS: Fernandão, 20'/2ºT (1-0); Ricardo Oliveira, 22'/2ºT (2-0); Erik Flores, 39'/2ºT (2-1).
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Alex Silva, Xandão (Fernandão, Intervalo), Miranda e Junior César; Jean, Cleber Santana, Hernanes e Marlos; Fernandinho (Dagoberto, 17'/2ºT) e Ricardo Oliveira (Casemiro, 28'/2ºT). Técnico: Ricardo Gomes.
CEARÁ: Diego, Oziel, Fabricio, Anderson e Hernandes; Heleno (Ailton, 35'/2ºT), Careca, João Marcos (Erik Flores, 24'/2ºT) e Geraldo (Tony, 20'/2ºT); Misael e Washington. Técnico: Estevam Soares.